Skip to main content

Embriaguez

Bebâdo,
toda a consciência

fica na garrafa.
Embriagado de alcoól
para as feridas,
do líquido etílico,
que nos guia em viagem
sem preço ou apeadeiros,
somos maquinistas,
andamos a cavalo em nós,
somos carruagem e cela,
pneu e curva perigosa.

Bebo à felicidade,
daqueles que falam comigo
em finais de noites dormentes
com olhos semi-cerrados
com os cabelos desgrenhados,
e a roupa suja de pecados
revelados gole ápos gole,
choro após choro
abraço por estarmos sós
dentro de nós, cansados
de sermos copo vazio
e rolha pronta a saltar.

Comments

A Artista said…
:) gosto.

Popular posts from this blog

Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Pátria

O que nos une são apenas linhas, e uma língua que não morre, neste povo mais velho que a terra, Que Existe vai para além de Deus. O que nos une, não encontra definição, saudoso vai e vem das marés distantes. letargia de acreditar sem saber o porquê, ou remota crença de olhar e ver no nevoeiro. Aquela, esta pátria ainda não o é, está à espera de o ser, no ventre da mãe, mordendo a memória das palavras alimentando-se de páginas navegadas de pó. Não viveremos as horas suficientes de uma vida para ver arrancadas do peito as balas disparada contras os pés que conscientemente se alojaram na ideia de nação.