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Showing posts from 2012

Pátria

O que nos une são apenas linhas, e uma língua que não morre, neste povo mais velho que a terra, Que Existe vai para além de Deus. O que nos une, não encontra definição, saudoso vai e vem das marés distantes. letargia de acreditar sem saber o porquê, ou remota crença de olhar e ver no nevoeiro. Aquela, esta pátria ainda não o é, está à espera de o ser, no ventre da mãe, mordendo a memória das palavras alimentando-se de páginas navegadas de pó. Não viveremos as horas suficientes de uma vida para ver arrancadas do peito as balas disparada contras os pés que conscientemente se alojaram na ideia de nação.

Fome

Dá-me a fome, e repito, amordaçando a saliva até engolir meia palavra. ... Meio pão seco, e cresce-me um deserto na boca. mesmo agora que te comi... Nasce-me uma secura galopante, de te saborear o peito pela raiz e sobreviver do teu leite. Tenho-te fome, fecho as cortinas do olhos e sou só apetite. Morde-me e dá-me de comer, à boca, mastiga-me e reduz-me a matéria... Se sobrarem migalhas solta-as aos pombos, que alguém se alimente de mim.