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Showing posts from September, 2010

Jangada

Escrevo... Jangadas de palavras. Arrancei da terra Troncos de memórias Desnudei as arvóres Das folhas dos dias Amarrei as pessoas Para serem tábua de salvação. Da tinta fiz corrente, Escrita permamente Desenhei bandeiras, Apaguei ancorâs Soletrei a rota Recitei o ritmo da maré... Todos a bordos, Escrevi... Jangada a navegar

Cabelos de areia

De minhas mãos fugias, como o ouro dos bandidos, condenado da forca, cabelo do pente. Suave era esse cabelo dourado acabado de pentear, tapete de voos intemporais, mil noites para conquistar. Perdi-me nessa cidade de ouro que me enterrava os pés que eu abarcava com os dedos, amarrados da raiz às pontas. Era amor o movimento, vai e vém do vento quente que soprava vindo da terra do nada que tudo encerra. E esse vento amante, que te moldava as dunas, levou-te a construir castelos para outra praia longe da minha mão.