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Mão Vermelha

A minha visão do amanhã
é um final de almoço,
sobras de pele e osso,
e algum alcoól ébrio...

É agora a mão esquerda
Que me apoia a cabeça...
No final da digestão
Compulsiva das ideias
Dos pratos vazios.

É como se a mão direita
fosse um parceiro abstracto
desconhecido de mim,
ou algo que se separa
com um golpe de foice,

Qual seara já seca,
trigo mal amanhado,
ou feno partido ao vento
num campo deserto,
entregue à rapinagem.

O meu amanhã....
é feito de bolsos desfraldados
Punhos embandeirados,
Vermelhos de cobiça,
Das liberdades que foram para o lixo.

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Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Pátria

O que nos une são apenas linhas, e uma língua que não morre, neste povo mais velho que a terra, Que Existe vai para além de Deus. O que nos une, não encontra definição, saudoso vai e vem das marés distantes. letargia de acreditar sem saber o porquê, ou remota crença de olhar e ver no nevoeiro. Aquela, esta pátria ainda não o é, está à espera de o ser, no ventre da mãe, mordendo a memória das palavras alimentando-se de páginas navegadas de pó. Não viveremos as horas suficientes de uma vida para ver arrancadas do peito as balas disparada contras os pés que conscientemente se alojaram na ideia de nação.