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Mão Vermelha

A minha visão do amanhã
é um final de almoço,
sobras de pele e osso,
e algum alcoól ébrio...

É agora a mão esquerda
Que me apoia a cabeça...
No final da digestão
Compulsiva das ideias
Dos pratos vazios.

É como se a mão direita
fosse um parceiro abstracto
desconhecido de mim,
ou algo que se separa
com um golpe de foice,

Qual seara já seca,
trigo mal amanhado,
ou feno partido ao vento
num campo deserto,
entregue à rapinagem.

O meu amanhã....
é feito de bolsos desfraldados
Punhos embandeirados,
Vermelhos de cobiça,
Das liberdades que foram para o lixo.

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