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Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?
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Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Buraco

Este ou aquele medo,  nem tu sabes, vês ou tocas,  nem que seja ao de leve, nasce nos amanheceres do buraco do teu coração, profundo como o buraco da estrada, eterna moradia de estrela cadente, caída do negro céu das sombras, que para ti deixou de brilhar...

Azul Sincero

Glória aos dias de azul sincero. Daquele azul tão profundo que não nos mente Suspenso em pilares de verdade Onde mesmo as nuvens pinceladas Trazem vestido manto transparente Desnudando-lhe os ossos um por um. Glória a ti, azul simultâneo.

Pátria

O que nos une são apenas linhas, e uma língua que não morre, neste povo mais velho que a terra, Que Existe vai para além de Deus. O que nos une, não encontra definição, saudoso vai e vem das marés distantes. letargia de acreditar sem saber o porquê, ou remota crença de olhar e ver no nevoeiro. Aquela, esta pátria ainda não o é, está à espera de o ser, no ventre da mãe, mordendo a memória das palavras alimentando-se de páginas navegadas de pó. Não viveremos as horas suficientes de uma vida para ver arrancadas do peito as balas disparada contras os pés que conscientemente se alojaram na ideia de nação.

Fome

Dá-me a fome, e repito, amordaçando a saliva até engolir meia palavra. ... Meio pão seco, e cresce-me um deserto na boca. mesmo agora que te comi... Nasce-me uma secura galopante, de te saborear o peito pela raiz e sobreviver do teu leite. Tenho-te fome, fecho as cortinas do olhos e sou só apetite. Morde-me e dá-me de comer, à boca, mastiga-me e reduz-me a matéria... Se sobrarem migalhas solta-as aos pombos, que alguém se alimente de mim.

Amor Ondulado

Vi duas ondas a fazerem amor no encher crescente a maré Sem me aperceber do seu sexo a mais viril pegou na outra pela cintura, colaram-se e subiu-lhe para cima penetrando-a enquanto cresciam no horizonte. No vento declarado de testemunha vinha a voz da onda penetrada que se acercava da praia suspirando ao longo da água. Aquele ritual marítimo Sexualmente salgado de hipertensão terminou quando a onda fálica ejaculou espuma para a areia aos nossos pés. Despediram-se sussurando, sem um olhar, Confessando às gaivotas promessas de um retornar.