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Amor Ondulado

Vi duas ondas a fazerem amor
no encher crescente a maré

Sem me aperceber do seu sexo
a mais viril pegou na outra pela cintura,
colaram-se e subiu-lhe para cima
penetrando-a enquanto cresciam no horizonte.

No vento declarado de testemunha
vinha a voz da onda penetrada
que se acercava da praia
suspirando ao longo da água.

Aquele ritual marítimo
Sexualmente salgado de hipertensão
terminou quando a onda fálica
ejaculou espuma para a areia aos nossos pés.

Despediram-se sussurando, sem um olhar,
Confessando às gaivotas promessas de um retornar.



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