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Buraco

Este ou aquele medo, 
nem tu sabes,
vês ou tocas, 
nem que seja ao de leve,
nasce nos amanheceres
do buraco do teu coração,
profundo como o buraco da estrada,
eterna moradia de estrela cadente,
caída do negro céu das sombras,
que para ti deixou de brilhar...



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Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

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Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

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