Skip to main content

Beleza

Desumano medir a tua beleza,
com a régua que me molda o bolso
canhoto do corpo, trançando numa linha
os centímetros que existem entre nós.

A medida do que é belo,
as tuas linhas, a lápis desafiado,
desenhei-as hoje no céu matinal
reais como obras da renascença.

Sem métrica quantificante,
regras que definem a escala
o brilho que nos invade as pálpebras,
é areia movediça num abraço.

Mesmo que criem o vazio entre céu e mar,
e enumerem sem erro o desígnio estrelar,
deixem cair a teorização do encanto,
congelem-me, e deixem-me mais tarde acordar.

Comments

Popular posts from this blog

Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Sapatos

Ontem mandei meus sapatos Ao mar... Para ver se nele conseguia Andar... Mas qual foi a certeza Ao ver... Que sem eles eu me Afogava...

Azul Sincero

Glória aos dias de azul sincero. Daquele azul tão profundo que não nos mente Suspenso em pilares de verdade Onde mesmo as nuvens pinceladas Trazem vestido manto transparente Desnudando-lhe os ossos um por um. Glória a ti, azul simultâneo.