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Sempre?

o que é para sempre?
A nossa vida?
Quero ir primeiro que vocês todos
sonhadores insensatos,
e não me fechem portas,
porque sou fantasma no meio da multidão,
sou musgo nas arvóres chorosas
sou sombra solitária nas paredes sujas,
sou ausência e corpo inteiro,
necessidade febril de me sentir longe
de ti, que és tudo, e eu nada, apenas longe.

porquê para sempre,
quando o sumo da fruta, é bebido no momento
em que colocamos o mundo na boca?
Bebe-se tanta coisa, e o agora passa-nos
pela língua como o vento pelos cabelos,
como a estrada veloz pelos olhos,
e nem a acidez do tempo sentimos
a passar-nos pelo estreito da existência.

Comments

A Artista said…
"Se o nosso espírito pudesse compreender a eternidade ou o infinito, saberíamos tudo. Até podermos entender esse facto, não podemos saber nada."

Fernando Pessoa

;) besos*****

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Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Pátria

O que nos une são apenas linhas, e uma língua que não morre, neste povo mais velho que a terra, Que Existe vai para além de Deus. O que nos une, não encontra definição, saudoso vai e vem das marés distantes. letargia de acreditar sem saber o porquê, ou remota crença de olhar e ver no nevoeiro. Aquela, esta pátria ainda não o é, está à espera de o ser, no ventre da mãe, mordendo a memória das palavras alimentando-se de páginas navegadas de pó. Não viveremos as horas suficientes de uma vida para ver arrancadas do peito as balas disparada contras os pés que conscientemente se alojaram na ideia de nação.