Skip to main content

Vai e Vem

Vai e vem
como o mar
de Gainsbourg
.

Vai e vem
em nave espacial
pilotada pelo Armstrong
.

Vai e vem...
o baloiço de Sá Carneiro
que começou a dançar...

Vai e vem,
em estações de rádio
sincronizadas com frequência.


Vai e vem,
no varrimento da imagem
a mil e duzentas cores.


Vai e vem,
em títulos de jornal
disfarçados de real.


Vai e vem
o frase de Euripedes
que nos mata a esperança.


Vai e não volta
a crença da juventude
dos retratos de Wilde.


Vai e vem
a dor do poeta fingidor
que jamais sentiu dor


Vai e vem…

Vai e vem…

Vai e vem…

Comments

Popular posts from this blog

Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Sapatos

Ontem mandei meus sapatos Ao mar... Para ver se nele conseguia Andar... Mas qual foi a certeza Ao ver... Que sem eles eu me Afogava...