Skip to main content

Pegar em Armas

Pegar em armas
Carregá-las de palavras
Erguê-las para atingir
todos a quem o Poder
Fez desmaiar a noção
Do deve e do haver,
Ou se quiseram esquecer
Que como a mais fina gota
Cairão um dia sós
A chorar no chão

Pegar em armas
Sem acreditar em rendição,
Escrever em pedras
apontadas em cheio ao coração,
que o sangue derramado
Jamais será em vão,
e mesmo que o seja
Não se perderá no vazio
Nem encontrará resistência
Na falsa liberdade que nos dão.

Comments

Popular posts from this blog

Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Pátria

O que nos une são apenas linhas, e uma língua que não morre, neste povo mais velho que a terra, Que Existe vai para além de Deus. O que nos une, não encontra definição, saudoso vai e vem das marés distantes. letargia de acreditar sem saber o porquê, ou remota crença de olhar e ver no nevoeiro. Aquela, esta pátria ainda não o é, está à espera de o ser, no ventre da mãe, mordendo a memória das palavras alimentando-se de páginas navegadas de pó. Não viveremos as horas suficientes de uma vida para ver arrancadas do peito as balas disparada contras os pés que conscientemente se alojaram na ideia de nação.