Skip to main content

Mar Adentro

Dava tudo por uma janela
Com vista para uma cama
Virada para o mar
Com música ao fundo a tocar.

Dava tudo por um jardim
carregado de petálas
E cheiro a terra molhada
A escorregar-nos dos dedos.

Ao som perdido de um violino
Ou de um toque de piano
Em notas soltas pelo campo
Feito de linhas musicais

Acredito que o verdadeiro poema
Seria então o anoitecer
Em cima de um sol dominado
Por um gesto de final de tarde.

Comments

Popular posts from this blog

Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Sapatos

Ontem mandei meus sapatos Ao mar... Para ver se nele conseguia Andar... Mas qual foi a certeza Ao ver... Que sem eles eu me Afogava...

Azul Sincero

Glória aos dias de azul sincero. Daquele azul tão profundo que não nos mente Suspenso em pilares de verdade Onde mesmo as nuvens pinceladas Trazem vestido manto transparente Desnudando-lhe os ossos um por um. Glória a ti, azul simultâneo.