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Mar Adentro

Dava tudo por uma janela
Com vista para uma cama
Virada para o mar
Com música ao fundo a tocar.

Dava tudo por um jardim
carregado de petálas
E cheiro a terra molhada
A escorregar-nos dos dedos.

Ao som perdido de um violino
Ou de um toque de piano
Em notas soltas pelo campo
Feito de linhas musicais

Acredito que o verdadeiro poema
Seria então o anoitecer
Em cima de um sol dominado
Por um gesto de final de tarde.

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Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Sapatos

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