Não me leves à escola,
Onde não me conhecias,
Estrangeiro, ausente.
Sabia pelas manhãs a que horas o sol
Te cumprimentava, e em que minuto
Se despedia de ti, pelo portão sem retorno.
Anotava todos os teus passos
Para logo os repetir, rotineiramente,
Calcando-os, tropeçando em ti.
Não me vias, nunca me viste,
Mas também o sol só vê ao longe a lua
E por isso mesmo são amantes.
Não me lembres a sala de aula
Onde de costas memorizava o teu rosto,
E as letras do teu sorriso.
Mordi em silêncio a tua voz,
E a cor de especiaria do teu cabelo,
Que cheirava no vento aos passares.
Agora já olhavas para mim
E não me conhecias, era eu castelo,
E tu Rainha de reino distante.
Eras estrela de constelação inabitada,
Guia da minha missão, norte do meu sentir,
Nascimento de vida em mim.
Não me leves a lado algum...
Fecha a porta e não deixes o tempo entrar,
Está frio lá fora no mundo.
Deixa-me esquecer contigo, até ao dia
Em que voltar à escola, à sala de aula,
Onde para te ver terei que sonhar.
Onde não me conhecias,
Estrangeiro, ausente.
Sabia pelas manhãs a que horas o sol
Te cumprimentava, e em que minuto
Se despedia de ti, pelo portão sem retorno.
Anotava todos os teus passos
Para logo os repetir, rotineiramente,
Calcando-os, tropeçando em ti.
Não me vias, nunca me viste,
Mas também o sol só vê ao longe a lua
E por isso mesmo são amantes.
Não me lembres a sala de aula
Onde de costas memorizava o teu rosto,
E as letras do teu sorriso.
Mordi em silêncio a tua voz,
E a cor de especiaria do teu cabelo,
Que cheirava no vento aos passares.
Agora já olhavas para mim
E não me conhecias, era eu castelo,
E tu Rainha de reino distante.
Eras estrela de constelação inabitada,
Guia da minha missão, norte do meu sentir,
Nascimento de vida em mim.
Não me leves a lado algum...
Fecha a porta e não deixes o tempo entrar,
Está frio lá fora no mundo.
Deixa-me esquecer contigo, até ao dia
Em que voltar à escola, à sala de aula,
Onde para te ver terei que sonhar.
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