por mim... ensina-me a tua verdade a que não vem nos livros, que conheces sem saber ler. por nós.. ensina-me a ler os lábios do mar, na rebentação das palavras contra os soldados que dão o peito às balas sós. e por eles... ensina-me a escrever numa tempestade de areia, a manter os nossos pés cravados, para que não se apaguem as lapides esculpidas pelo vazar da maré. por ti... ensina-me a manter a gravidade horizontal das coisas, em especial a voz das gaivotas que nos levam bem mais longe que nós.
Se minhas mãos fossem uma caneta, jamais secariam.