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Pequeno além

Recordas-me uma pequena
porção de terra que não conheço,
um ponto no mapa que falta desbravar,
marcado por castelo que resta derrubar.

Conquistado, faria de ti alteza.
de algo que não me pertence,
alegando para ti a razão divina
de tudo quanto lá nascesse,

Leria todos os livros sobre o desconhecido
para te conhecer melhor,
fechando o conhecimento adquirido
no tempo que viaja debaixo do solo.

Lembras-me o eterno além,
o antigo oriente dos prazeres,
das noites que nos olvidam o voltar
à terra que tanto chorou por me perder.

quero-te e nem sei que és,
mas para quê o saber
se saber que existes é o suficiente
para acreditar no que não consigo ver.

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Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Pátria

O que nos une são apenas linhas, e uma língua que não morre, neste povo mais velho que a terra, Que Existe vai para além de Deus. O que nos une, não encontra definição, saudoso vai e vem das marés distantes. letargia de acreditar sem saber o porquê, ou remota crença de olhar e ver no nevoeiro. Aquela, esta pátria ainda não o é, está à espera de o ser, no ventre da mãe, mordendo a memória das palavras alimentando-se de páginas navegadas de pó. Não viveremos as horas suficientes de uma vida para ver arrancadas do peito as balas disparada contras os pés que conscientemente se alojaram na ideia de nação.