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Saudades tuas...seja lá quem fores

tenho saudades tuas
desde que partiste,
fechaste a porta e saiste
por onde havias entrado.

Dizem-me os vizinhos
que ainda moras comigo.
Que sabem eles da nossa casa
da nossa cama e sofá??

De nós sabem apenas,
o gato da vizinha que nos ouvia,
à janela antes de cair
no esquecimento do sono.

e o cão vadio da rua
que coxo andava pela calçada
como nós falávamos um para o outro
pedra contra pedra, chão contra chão.

Tenho tantas saudades de ti,
da tua voz suada no verão,
do gelo do teu beijo invernoso,
e do sabor a café dos teus olhos,

tristes, cansados de me amarem
enquanto subia colinas descontentes,
rio de euforia perene,
cascatas que me engoliam vivo.

Perdi-te porque sou nervo,
sou carne e osso,
e porque conheces o quanto te quero,
mesmo quando o nego...

Comments

A Artista said…
puf...
Unknown said…
Intenso como sempre... Obrigada amigo!

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Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Sapatos

Ontem mandei meus sapatos Ao mar... Para ver se nele conseguia Andar... Mas qual foi a certeza Ao ver... Que sem eles eu me Afogava...