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Showing posts from August, 2009

Sempre?

o que é para sempre? A nossa vida? Quero ir primeiro que vocês todos sonhadores insensatos, e não me fechem portas, porque sou fantasma no meio da multidão, sou musgo nas arvóres chorosas sou sombra solitária nas paredes sujas, sou ausência e corpo inteiro, necessidade febril de me sentir longe de ti, que és tudo, e eu nada, apenas longe. porquê para sempre, quando o sumo da fruta, é bebido no momento em que colocamos o mundo na boca? Bebe-se tanta coisa, e o agora passa-nos pela língua como o vento pelos cabelos, como a estrada veloz pelos olhos, e nem a acidez do tempo sentimos a passar-nos pelo estreito da existência.

Quando nasci...

no dia em que nasci, já se tinha anunciado a Primaveira, em plenos pulmões de Abril por entre flores e espingardas, e abraçados exilados de casa. no dia em que nasci, era o quarto dia de Abril, o dia em que a canção maquilhada em pó de arroz, pressentia um silêncio póstumo. No dia em que eu nasci, no ano anterior a isso, quebrara-se o elo do amor, por entre atmosferas digitais, de almas mortas em desordem. No dia em que eu nasci certamente nesse e noutros dias, a glória passeou-se em campo, vergando com dança de pés, quem em queda lhes impedia o andar. No dia em que eu nasci, se para mim foi o primeiro, para outros que não conheci, e lamento que assim tenha sido, foi o último no inicio de novo caminho.