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Corda no chão

Prendes a corda
À volta do pescoço
e respiras como podes...

Sentes-te imóvel...
"É hoje que me vou".
Dizes...

Vejo a imobilidade...
"É hoje que se vai"
Penso eu...

Olho para a cadeira
Que lhe apoia os pés...
Um, dois, três...

Mira-me de cima
Uma, duas vezes,
De alto a baixo.

Para bem alto vai,
assim que o tacto dos pés,
não sentirem o fim do chão.

Sorri uma última vez
volto a contar...1,2,3.
Pé na cadeira.

E hei-la no chão...

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Quando morrem?

mata-se.. A sede bebendo. A fome comendo. A ignorância vivendo. A vida temendo. O amor querendo. A solidão existindo. um Homem isolando. A fé desligando. E as palavras quando morrem?

Escrevo

Escrevo  porque não sei dizê-lo de outra maneira, porque acredito no belo e que as minhas palavras saem de mim em salto alto prontas para dançar, para em encherem o copo seduzirem, atirando frases feitas para a cama. até que nú... escrevem-se a elas prórpias no que não sei expressar sem ser com letras... E digo que escrevo e espero que me cresçam uns lábios carnudos no peito e seja saliva o que corre no coração. escrevo até ao dia em que já fale.

Sapatos

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