Sabes quantas gotas de sangue
Tens nas tuas veias,
E quantas lágrimas tingiste?
És a crença destrutiva
E a inércia dos pulsos
Que teimas em não erguer.
Preferes as amarras dos minutos
E a silhueta das sombras
Da solidão que amas…
Mas que não te ama a ti.
Contrapõe o medo de viver
Ao medo de viver a vida,
E o amor que te prende
Será da perdição a tua salvação.
Porque tudo isto é derradeiro
E sabendo que seremos outros
No reencontro de outro presente,
Faz deste o teu princípio,
Mesmo que sintas
O fim tão perto
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