Dá-me a fome, e repito, amordaçando a saliva até engolir meia palavra. ... Meio pão seco, e cresce-me um deserto na boca. mesmo agora que te comi... Nasce-me uma secura galopante, de te saborear o peito pela raiz e sobreviver do teu leite. Tenho-te fome, fecho as cortinas do olhos e sou só apetite. Morde-me e dá-me de comer, à boca, mastiga-me e reduz-me a matéria... Se sobrarem migalhas solta-as aos pombos, que alguém se alimente de mim.
Se minhas mãos fossem uma caneta, jamais secariam.