Criei-me na pessoa que vejo, apenas com uma pincelada vermelha, no peito, e sei quem a pintou. Desenho mal, sem precisão, e sempre acreditei que seria outro a colorir aquilo que os doutores chamam de coração. Fosse o meu corpo um arco-íris, em qualquer ponto do céu, e amaria eu decerto mais que uma só cor.
Se minhas mãos fossem uma caneta, jamais secariam.