a tua nudez fere-me a pele como arma disparada às cegas, nudez afiada nas ancas que me cortam a pele enleado entre elas. Deixas cair a roupa, as muralhas do castelo em pó. Ombros que se destapam Arqueiros a sucumbir, Peitos descobertos, em feridas de coração expostas Perfil de linhas planas Com elevações para precipício. Formas escondidas que se revelam no escuro Frio em calor de corpo Trémulo e desejoso de cair. Pego ao colo o peso, o corpo que deixará de ser estende-se na cama o nú que deixará entrar a felicidade. A tua nudez cura-me dos males do mundo da incerteza da vida e acrescenta-me uns dias ao calendário.
Se minhas mãos fossem uma caneta, jamais secariam.