És um livro que ainda Não acabei de ler. Leio por dia, A mesma página cinco vezes Cada frase outras dez e releio as palavras até quase as apagar, Misturo singulares e plurais, verbos e nossos nomes, para me enganar, para demorar, reler e revisitar cada silába acentuada. Fosse eu incapaz de decifrar Cada vocábulo impresso, ser estrangeira a língua, ou eu pensar que é. Finjo para mim, Para não lhe pegar porque se o acabar, o que restará de ti? Sei o que fazer. Mil copias farei, títulos novos darei, e novamente o mesmo livro lerei.
Se minhas mãos fossem uma caneta, jamais secariam.